quarta-feira, outubro 09, 2013

Um ano de Creche. Como Foi?


O desafio foi feito: a comunidade pedia uma creche e o Centro Comunitário
respondeu. Passado um ano, a Creche do CCPC conseguiu ser apaziguadora desse difícil processo pelo qual todos os pais passam: separar-se dos filhos nos primeiros meses de vida. E assim se passou um ano. Um ano cheio de crianças novas, com uma equipa nova e desafios novos.

Superar desafios

“Foi um verdadeiro desafio”, lembrou Conceição Gomes, a educadora que iniciou a turma de finalistas. São, como gosta de ser chamada, teve a árdua tarefa de iniciar o ano com crianças já com dois anos. Sendo a creche até aos três, estas crianças foram logo finalistas no primeiro ano de creche. “É sempre difícil deixarmos algo que gostamos muito. Foram meninos pelos quais me deixei apaixonar e dei o meu melhor”, lembra a educadora.

Para o Centro Comunitário foi começar um projecto totalmente novo com uma faixa etária com a qual nunca tinha lidado. “Esta Creche, inserida no Centro Comunitário, faz todo o sentido, dando assim resposta às necessidades das famílias, numa área que não existia”, salientou São.~

São Gomes


Espaço novo

Diana Silva, também educadora, já desde muito nova que acompanhava o trabalho do Centro. Formada em Educação de Infância, começou como  voluntária, passou a auxiliar, e com o seu trabalho conseguiu a sua nova turma como Educadora neste segundo ano de creche. “Quando entrei e conheci o novo espaço, senti-me um pouco nostálgica pois era aqui que
se encontrava o antigo salão onde fiz ballet com 5 anos e onde se faziam os encontros com jovens dos Grupos de Vida ou do Campo de Férias Kandandu”, relembra.

Pais, educadoras, auxiliares e voluntárias admitem que o desafio de lançar uma creche totalmente nova não é fácil, mas “quando colocamos amor no que fazemos tudo acontece por si”, admite Conceição Gomes. 
Diana Silva diz que o mais importante do ano que passou foi mesmo a evolução das crianças: “vê-las entrar tão pequenas e irem crescendo e ficando cada vez mais autónomas gera um grande sentimento de alegria e orgulho”. Mas não são apenas as crianças que evoluem: “com eles cresci, também porque aprendi imenso sobre como lidar com mudanças e percebi como as
pessoas, por mais pequenas que sejam em tamanho, conseguem ser resilientes e fortes!”. 

Diana Silva


Pais satisfeitos

Se a equipa de trabalho ficou contente com o ano que passou, ainda mais ficaram os pais que aderiram a este desafio. Rita Cunha, a diretora adjunta e coordenadora da Creche, diz que, “ambiente familiar e de proximidade com os pais” foi o principal ponto de apoio entre pais e equipa. “Os pais diziam que o mais complicado nesta fase era deixar os filhos nas mãos de desconhecidos. E nas reuniões de avaliação disseram todos que isso não custou nada porque sentiam a confiança e a proximidade”.

O ÁGORA falou com alguns pais e pôde perceber o que fez a diferença nesta creche: “A relação estabelecida entre as crianças, a relação que se estabelece
com os pais, a sintonia sempre presente e a evolução das crianças ao longo do ano são alguns dos pontos que me ajudaram na escolha desta creche.”, afirmou a mãe de uma das crianças finalistas.

Outra mãe salientou, ainda, o facto de esta creche estar integrada “num local agradável, com uma boa equipa de trabalho e integrada na comunidade”.

Creche certificada

O mais importante nesta nova creche, no próximo ano letivo, será a inserção desta valência na Certificação de Qualidade. “Já estão a ser implementados todos os procedimentos necessários”, afirma Rita Cunha. Em Novembro
o CCPC passará por uma auditoria e a Creche tornar-se-à numa outra valência do Centro com um selo de qualidade, o que dará ainda mais confiança aos pais que apostaram nesta creche, ainda bastante recente.

Diana Silva salienta que esta preocupação com a Certificação de Qualidade “demonstra que o CCPC está focado em garantir às famílias, sejam de que classe social forem, que as suas crianças recebem os melhores cuidados de segurança, higiene, alimentação e educação, com profissionais competentes e aptos para lhes darem tudo isso, e muito mais, principalmente, amor”.

Uma equipa vencedora

Rita Cunha relembrou que, em termos financeiros, não foi muito fácil lançar a Creche, sendo uma valência que envolve alguns gastos. Mas conseguiu-se manter a qualidade e obter níveis de satisfação de 82,2%. A diretora adjunta ressalva, ainda, que o fator mais importante para o Centro Comunitário ter conseguido superar tao bem este desafio foi a equipa experiente que todos os dias cuida das crianças nas diversas salas do novo edifício.

São Gomes comprova, e considera que a equipa “foi capaz de dar uma resposta positiva ao desafio que foi lançado e isso está provado no feedback de todos os pais e da nossa lista de espera”.

Também foi determinante a experiência, conhecimento e dedicação da voluntária Zulmira Penaforte Costa, que desde o primeiro momento deu a sua colaboaração na montagem da Creche.

O número de salas aumentou, e a equipa também. Diana Silva ficou como educadora na sua turma. “Deram-me o voto de confiança para seguir o grupo
de crianças com que estava, mas agora com o papel e responsabilidade de Educadora. E estou a gostar bastante de construir esta nova sala, a Sala Mar, onde prevalece, por coincidência, a minha cor preferida, o verde. Verde de esperança para um novo ano cheio de trabalho, dedicação, afetos, alegrias e sucesso!”.

Este artigo foi feito logo no início do ano letivo, pelo que o ÁGORA não conseguiu falar com toda a equipa da Creche. Mas agradece a colaboração e a dedicação de todas!

Educadoras: Ana Ribeiro (coordenadora pedagógica), Joana Gomes (de licença de maternidade, sendo substituída por Carmo Paes), Conceição Gomes e Diana Silva

Auxiliares de Educação: Ana Augusto, Ana Lima, Ângela Veloso, Catarina Lacerda, Catarina Silva, Joaquina Coelho, Mónica César, Patrícia Simões, Vânia Cristóvão.

Susana Teodoro

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